Sobre ser especial...

As vezes acho que sou muito chata. Há uma grande diferença em ser chata e ser fútil. Apesar da futilidade ser uma chatice, ser chata pode significar não tolerar certas coisas inconvenientes. E é bem assim que eu sou, não tolero, não sei fingir e acabo sendo uma chata quadrada mesmo.

Nessa vida a gente tem que ver tanta coisa e ainda bem que a maioria serve de aprendizado.

Já deu pra perceber que uma das coisas que mais odeio e não tolero é futilidade. Aquela pessoa que se preocupa demais com o que os outros vão pensar e não consegue agir por vontade própria, aquela que vive querendo demonstrar que está feliz em redes sociais, mas que ta na maior fossa por causa de ex, aquela que quer ser quem não é, aquela que para de comer pra sair no sábado, aquela que precisa sempre ter uma roupa nova pra não ter que repetir, aquela que não sai de casa porque está com uma espinha na testa, aquela que se interessa por alguém pelos bens materiais, aquela que tem amizades por conveniência,etc. Pessoas assim não tem personalidade, e isso também não tolero, pois quem não tem personalidade acaba passando por cima de várias outras qualidades essenciais, como caráter, companheirismo e respeito.

Outra coisa que não tolero é o pré-julgamento. Não vou dizer que também não julgo antes de conhecer, isso é mais humano do que o próprio erro. Mas costumo tomar muito cuidado com isso. A capacidade de conhecer outra pessoa é uma das coisas mais bonitas que o ser humano possui, mesmo que isso possa algumas vezes causar algumas decepções.

Eu tenho cara de nojinho, de chata e metida. Mas, somente quem me conhece a fundo sabe como eu sou. Falando assim, parece que sou o poço da bondade. Não, tenho meus defeitos como qualquer um. Mas quem eu sou mostro pra poucos. Pode ser que seja um pouco amargo as vezes, e intolerante o meu jeito. Mas se tem uma coisa em que acredito, é que, cada um tem seu jeitinho de ser especial. E que não precisa ser especial para todos, não, e nem deve. Você só tem que ser especial alguma vez, nem que seja para você mesmo.

Começar...

Começar. Pode parecer fácil, mas é a parte mais difícil, e também a mais importante. Você pode ter tudo pronto, idéia formada, perspectiva, iniciativa. Mas sempre é preciso de mais.

Um começo exige planejamento, atitude, força de vontade. É no começo que se predetermina o meio e o fim. É no começo que tudo deve ser traçado, talvez aí seja o que o deixa mais importante.

Exemplificando: em geral, antes do bebê nascer, os pais procuram saber qual o sexo da criança, para assim poderem preparar todo o enxoval, a cor do quarto e das roupas, o nome. Há toda uma preparação, para que o início da vida da criança seja mais confortável e acolhedora possível. Porém por trás disso tudo, muitas outras questões estão envolvidas. O começo dessa vidinha depende, de como ela vai se inserir nesse mundo já preparado para ela também. Muito complexo? Sim. Mas quem disse que o começo é fácil e que tem que ser entendido? Ele pode também simplesmente acontecer, e você não estar preparado para ele.

O começo é difícil, imaturo e inexperiente, assim como o bebê, mas mesmo assim continua sendo o começo, a parte que merece mais atenção, que merecer ser mais explorada, que merece ser mais vivida e cuidada. É a fase do conhecimento, do aprendizado com o outro, das tomadas de decisões, de escolhas e de aceitações. Tudo que acontece no começo, e você deixa passar, acontecerá no meio, e no fim. Tanto as coisas boas, quanto as ruins.

A vida pode ser contada a partir de começos. Começar em um novo emprego, começar um namoro, começar uma família, começar um curso, começar a viver...O que você começa hoje, amanha será seu passado, e sua ponte de atalho para o que almeja.

Se você deseja começar algo, ou se algo começar mesmo que inesperadamente, planeje, pense, repense, corra atrás, veja se compensa, porque depois de começado, merece ter um fim. Não digo fim, como “the end”, mas um fim de finalidade e propósito.

Por isso, desejo que no ano de 2012 as promessas de realizações e as atitudes comecem.