terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Enfim...



2011 de merda. O que teve de moscas que passaram por essa merda que eu sou não dá nem pra enumerar. Ou dá.  Porque não foram muitas. Mas eu não quero.

Eu me despeço desse ano num sussurro e levo comigo muitas coisas, principalmente as emoções sem nome: um enorme material para o baú da minha memória.

Em mais uma das minhas sagas ébrias e conversas malucas comigo mesma, digo que 2011 resumindo muito e muito, foram altos e baixos, quedas bruscas, tropeços, ferimentos. Sustos e surtos. Choro, desilusão, frustração, depressão. Encontros e desencontros. Perrengues e perigos. Porres, noitadas, casamentos, sertanejo e drag music. Lugares e pessoas incomuns. Famosos e anônimos. Loucos, poetas, tarados, sadomasoquistas, músicos, bissexuais, sobreviventes, mendigos, executivos, atletas, viciados, infortúnios e principalmente egoístas. Houve tempestades e naufrágios. Turbulência.
 Mas teve calmaria também. Teve abraço, beijo, sorriso sincero, teve alguém que andou de mãos dadas comigo e alguém que mexeu no meu cabelo. Muitas vezes eu repeli e fugi, admito. Mas corri um pouco atrás também (ênfase nisso, por favor). Fui ríspida, fui áspera, fui amarga e mal humorada. Mas tentei ser suave quando pude (e às vezes acho que até consegui). Tive um amor antigo que não me escolheu, e umas duas paixonites agudas, erradas (ênfase nisso também), impossíveis, platônicas e não declaradas; mas que eu fui capaz de viver e aproveitar, ao menos um pouco, conforme minhas limitações físicas e psicológicas (coisa de algumas horas ou minutos).

Se me perguntarem qual foi a melhor coisa que me ocorreu em 2011, eu respondo: "ter o coração partido".

E agora 2012, que seja doce ao estilo mais Caio F. Abreu possível. 

Amém.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Tudo e ponto.

Hoje resolvi me lembrar de você. Estranho. Sempre tento fugir desses pensamentos que me atormentam todos os dias, e que eu pulo, como se fosse aquela musica que a gente não gosta do cd. Deve ser pela época nostálgica do ano, e por eu começar lembrar de tudo que vem acontecendo na minha vida.

Lembro tanto daquele jeito que você me olhava. Não sei bem definir aquele seu olhar. Só sei que ele gostava de me ver. E eu de senti-lo. Era Profundo. Intenso. Seguro. Bravo. Doce. Assim mesmo, sem vírgulas, era Tudo e ponto.É disso que sinto mais falta. Daquele olhar, daquele cheiro e daqueles dias de chuva com a janela aberta ao som daquela musica “To be yourself is all that you can do”...

Você nunca foi bom nas palavras, eu sei. Nem eu. Admito. Mas não precisava de falar pra sentir. Posso dizer que isso é bem contraditório. Era o que eu mais gostava, mas também o que mais me incomodava, a nossa falta de diálogo. Sempre nos saíamos mal. Desentendimentos. Ou quase sempre entendimentos errados. No fundo sempre soubemos que não daria certo se nós não estivéssemos totalmente prontos e que tudo ao nosso redor estivesse favorável. Se dependesse só de nós fugiríamos pra um lugar deserto, vivendo só de paz.

A falta daquele olhar é que me faz lembrar de você todo dia. Mas não me faz te querer.
Hoje tenho a humildade e a coragem de deixar você seguir seu caminho sem mim. Com um pouco de dignidade e honestidade que ainda te resta.
E quanto a mim, fico aqui...indo dormir novamente tentando ter aquele olhar nem que seja nos meus sonhos.

“Não chore meu amor tudo vai melhorar/Não fique tão aflita se algo desandou/Vamos pedir proteção à mãe natureza/Para que o brilho do amor/Possa em nossa vida chegar/E que a força da paz, luminosos astrais/Estejam sempre perto da gente/Para a tormenta o vento forte levar/Do universo vem nossa força/Não estamos juntos á toa/Traz o good weed que é pra gente voar/Joga o sorriso no ar/E faça toda a noite brilhar/Joga a tristeza pro ar/Eu digo não chore meu amor/Que a lua brilhou no escuro do céu/Que o som acalenta teu corpo cansado/Que o sonho da gente não morre jamais/Na guerra ou na paz/ Aqui resta esperança sem fim/Aqui resta um guerreiro de paz/E a lágrima quente numa noite fria/Santa liberdade não chore meu amor/É tanta água no teu olho/Estrelas e luas o mar pescadores de Iemanjá/Quando a terra se fez o chão da vida/E a floresta morada do sagrado/Oceano de fogo congelado/Um pedaço de lua um pedaço de luz/Numa noite preta as mensagens do sol/As origens da saudade/Lá fora muitos homens querem esconder/A verdadeira força que eu posso ter/Privando minha mente de evoluir/E assim fica mais fácil de me distrair/O rap é a voz, o samba a emoção/O rock energia, o reggae elevação/E todos vieram do mesmo lugar Africa/Foi de lá que veio essa fruta cor/E aqui do Brasil as outras misturou/Do céu o verde o mar então nasceu você/Eu tento, mas confesso não posso esconder/Quero me banhar nas águas desse mar/Pra me fortalecer eu vou me perfumar/Com o seu cheiro lindo e o seu amor
Mulher menina...Beleza de vida
Mulher menina...Acredite na vida
Nunca desista...Acredite na vida!!” - Natiruts

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Então é natal ...


A minha arvore de natal esse ano está sem brilho.. Não simplesmente pelo fato de ter queimado as luzes, mas pelo brilho próprio ter sumido mesmo. A veracidade do olhar, do sentir, do fazer e ser estão perdendo a vontade de agir. Os presentes desapareceram da base da árvore, e o que restaram foram os enfeites, sustentados por galhos de uma árvore resgatada do passado, cheia de poeira.
O motivo de ter usado essa foto dessa árvore tão bonita, estampa meu desejo de ter uma igual. Sempre tive a impressão de casas iluminadas, enfeitadas, também eram lugares onde a festa de Natal era perfeita, e o que eu sempre quis, foi ter um natal perfeito.
Todo natal vejo as pessoas mais felizes. É a época do ano em que as famílias se reúnem, e trocam felicidades, parecendo contos de fadas... Mas eu só as vejo felizes, de longe, no meu canto. Não sei se essas famílias perfeitas realmente existem. Prefiro acreditar que sim, acho que a perfeição está na capacidade de se sentir feliz por qualquer coisa.
Já ganhei presentes do próprio Papai Noel (acredite era ele mesmo!)e ate já vi as marcas das renas dele na parede da minha casa, já ganhei tanto presente que não sabia qual gostava mais, já esperei o ano inteiro para o natal chegar, já brinquei ate cansar no dia de natal com meus brinquedos e dos meus primos, e pensando dessa forma posso ate dizer que já tive alguns natais felizes. Porém eu sempre quis mais. Sempre quis um natal e uma família igual da propaganda da coca-cola. Mas eu era criança, e minhas fantasias faziam meus natais serem mais felizes...Até hoje acho muito importante que as crianças acreditem que o Papai noel existe mesmo, e que também existe a Mamãe Noel, e os duendes que trabalham pra eles na fábrica de brinquedos...Mas, infelizmente hoje a realidade é bem diferente. As crianças se preocupam mais se a mãe, o pai, a madrasta , o padrasto, a tia, a irmã, a vó, vão dar o presente da vez, da moda,mais moderno, do que O presente do Papai Noel, que era tão especial...aquele presente que fazia a gente esperar o ano inteiro, tirando notas boas, não respondendo o pai e a mãe, não batendo no coleguinha, pro velhinho não se zangar....
Ainda não descobri o que falta pra eu ser feliz no natal. Talvez um pouco de cor. Tinha uma amiga que costumava basear nossa vida na nossa cor de cabelo, quando tudo andava mal, era porque nosso cabelo estava faltando cor. Uma bobagem, eu sei.. mas que me lembro sempre e que as vezes faz sentido. Por via das dúvidas, já tomei conta desse assunto. Já tava na hora de incorporar um novo visual, quem sabe uma nova vida, coisas de promessas de fim de ano.
Está faltando cor, brilho e contraste na minha vida. E ainda bem que sempre há tempo de ter um natal melhor, afinal todo ano ele aparece de alguma forma. Nesse ano quero estar perto das pessoas que amo e que estão comigo sempre. Mesmo com minha árvore apagada. Pois são nelas que quero encontrar sempre a cor e o brilho e a vontade de ser feliz.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Caionalisando....

Hoje parece ser um dia daqueles que a gente sente vontade de sumir, apesar de saber que sumir não resolve problemas, nem ameniza dor. Sumir. Um passe de mágica. Onde ninguém pode te ver, nem te tocar, nem te encomodar, nem te fazer sofrer. Seria bem mais fácil se existisse um teletransporte que levasse a gente pra terra do nunca.Onde o nunca existisse.

Eu deveria ser forte. Aguentar, suportar, carregar o peso nas costas.
Eu deveria ser triste. Chorar, lamentar, me entregar.
Eu deveria ser feliz então. Sorrir, cantar, aplaudir.
Mas porque deveria? Não, não devo e nem sinto ser nada disso. Não sinto mais nada.
O que eu devo ser então? O que eu sou? Como eu sou?
Sou alguém que quer sumir.
Pena que sumir não faz esquecer.

"Hoje existir me dói feito uma bofetada." Caio Fernando Abreu

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Como tudo deve ser.

Sempre quis escrever um blog, sempre tive todas as idéias necessárias, e até desnecessárias para isso. E por pensar demais, nunca soube por onde era melhor começar. Então pensei em escrever só coisas bonitinhas, ou um "blog diário" de como estava sendo minha vida sem você, ou de como foram meus dias com você, ou conselhos que nem eu consigo seguir, ou frases dos outros que gosto, ou sobre como as pessoas são,ou etc...
Então porque não, reunir tudo isso de acordo com o que manda os pensamentos e deixar tudo fluir. Sou alguém que, pode não parecer, mas que tem uma sensibilidade aguçada demais. Só preciso aprender a transmitir isso. Espero conseguir, e sentir, como tudo deve ser.